domingo, 9 de agosto de 2009

Bate-boca entre Renan e Tasso: 'Coronel de merda' é excluído da ata oficial do Senado

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Bate-boca entre Renan e Tasso interrompe sessão no Senado

Discussão aconteceu após Renan ler representação contra Virgílio.
Representação foi protocolada em represália a ações contra Sarney.

Um bate-boca entre o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) provocou nesta quinta-feira (6) a suspensão da sessão do Senado para que os ânimos se acalmassem.

Após Calheiros concluir a leitura da representação, Tasso pediu que fosse retirada do plenário uma pessoa que estaria se manifestando favoravelmente à representação. O peemedebista criticou o tucano dizendo que ele era “minoria com complexo de maioria”.

Tasso se irritou e o bate-boca começou. Leia a íntegra da discussão aqui.

“Não aponte esse dedo sujo para cima de mim”, disse Tasso.

“O dedo sujo infelizmente é o de Vossa Excelência. O dedo dos jatinhos que o Senado pagou”, rebateu Calheiros.


“Pelo menos, era com meu dinheiro. O jato é meu. Não é o que o senhor anda, o de seus empreiteiros”, respondeu Tasso.


O líder tucano falou do episódio em que o peemedebista foi acusado de ter as contas pagas por um empreiteiro. Mencionou supostas irregularidades envolvendo a criação de gado de Renan, entre outras denúncias."Sinto que Vossa Excelência está achando que é imortal. Vossa Excelência está sustentando o presidente Sarney no comando do Senado para se manter imortal. Está fazendo e acontecendo aqui dentro do Senado depois de ser quase cassado lá atrás. Muito cuidado, quanto mais alto a gente vai, maior é o tombo", provocou Virgílio.

O principal fato destacado na representação é o de um servidor do gabinete de Virgílio ter recebido salário da Casa enquanto estudava teatro na Espanha. O tucano já admitiu o fato e está devolvendo cerca de R$ 210 mil à Casa referentes a pagamentos feitos ao servidor. Segundo Calheiros, até horas extras foram pagas enquanto o servidor do tucano estava fora do país.

Além deste tema, a representação do PMDB trata de um empréstimo que o ex-diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, teria feito ao líder do PSDB. Virgílio afirmou em plenário não saber que o dinheiro era de Agaciel e que fez o pedido de dinheiro a um funcionário quando estava em Paris e teve problemas em seu cartão.
O PMDB acusa Virgílio também de ter usado dinheiro do Senado para o tratamento de saúde da sua mãe, já falecida. O tucano argumenta que seu pai foi senador e que sua mãe teria direito ao atendimento médico. Outra parte da representação diz respeito à nomeação de um servidor que seria personal trainer de Virgílio. O líder do PSDB nega que essa seja a função do funcionário.

Denúncias arquivadas

Em suas decisões, Duque alegou que os pedidos não apresentavam evidências que justificassem a abertura de investigação contra Sarney e Renan.
José Sarney ainda responde a sete pedidos de investigação no Conselho de Ética. São três representações apresentadas pelo PSDB, uma representação apresentada pelo PSOL e outras três denúncias formuladas por Arthur Virgílio.

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