quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dilma dá um basta a polêmicas de Jobim e decide demitir ministro

Presidente ficou irritada com entrevista em que ministro chama Ideli de "muito fraquinha"
Christina Lemos, colunista do R7
 
nelson jobimAgência Brasil
Jobim criticou as ministras Gleisi e Ideli em entrevista e deve deixar o governo
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A presidente Dilma Rousseff aguarda apenas o retorno do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, que está em Tabatinga, no Amazonas, nesta quinta-feira (4) para comunicar-lhe oficialmente a sua decisão de demiti-lo do cargo. Dilma considera que a manutenção do peemedebista no primeiro escalão tornou-se "insustentável" depois de críticas às colegas Ideli Salvati, das Relações Institucionais, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, em entrevista à revista Piauí.
 


Dilma já teve acesso à íntegra da entrevista, concedida por Jobim há algumas semanas à publicação que chegará às bancas amanhã. A presidente ficou particularmente irritada com o ataque que considerou "gratuito e desnecessário", segundo fonte do Planalto. Jobim declarou considerar Ideli "muito fraquinha" e comentou que Gleisi "nem conhece Brasília".
O ministro, que viaja ao lado do vice-presidente Michel Temer, teria afirmado que sequer se lembrava destas declarações.
Nesta manhã, Dilma se reuniu com as duas ministras e considerou que as críticas também afetam sua autoridade. As escolhas de Ideli e Gleisi para o dois ministérios do núcleo central de governo foram pessoais, da própria Dilma. Diante do histórico das últimas declarações desastrosas de Jobim, a presidente considerou que não havia mais condições de mantê-lo no cargo.
Jobim é o segundo ministro indicado por Lula a deixar o governo em menos de um mês. O primeiro foi Alfredo Nascimento, dos Transportes. Em sete meses de governo, Dilma também demitiu Antônio Palocci, da Casa Civil, após denúncias de enriquecimento ilícito.
Um dos nomes cotados para a substituição de Jobim é o do deputado Aldo Rebelo, do PCdoB de São Paulo. Também circulam os nomes do próprio vice, Michel Temer, que acumularia as duas funções, a exemplo do vice de Lula, José Alencar; e ainda o do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, hipótese menos provável.
 

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