Peixe Brasileiro: Saltos fora d'água
O país não vive só de más notícias, de malfeitos (como a presidenta costuma nominar as falhas humanas no ambiente público).
O setor aquícola nacional tem tido repetidas boas notícias.
Um conjunto sucessivo de ações há muito desejadas e necessárias que apontam no sentido de que o Brasil finalmente está construindo uma "política nacional de produção de peixes e de frutos do mar".
Constrói-se uma política nacional quando as ações deixam de ter caráter fisiológico, pontual ou circunstancial e alçam o nível da regulamentação, da legalização, da formalização, da inserção tecnológica, da consolidação da cadeia produtiva eda sua desoneração, do desenvolvimento da infraestrutura, da capacitação humana, da elaboração de novos mecanismos de fomento para a atividade.
Estivemos ontem com os Ministros Crivella e Portanova (da Pesca e Aquicultura e da Agricultura) no ato de assinatura da Instrução Normativa Interministerial (INI) que regulamenta o PNCMB e no lançamento do RENAQUA.
Durante a solenidade, disse o Ministro Crivella ao Ministro Portanova: "Há duas semanas o Luiz Valle, do Grupo Leardini-Cavalo Marinho, perguntava em sua coluna no Brasil Econômico quando é que o MPA e o MAPA publicariam essa INI. Poucos dias depois a estamos assinando", comemorou.
É para comemorar. Habilitar essa rede nacional de laboratórios é garantir a qualidade do peixe brasileiro. Criar o programa higiênico e sanitário para moluscos bivalves é deixar claro que o país decidiu não mais conviver com a clandestinidade no setor. Quem não se lembra de quanto custava o quilo de carne bovina e de frango no Brasil? E quanto custa agora? É para o mesmo caminho que estamos levando o nosso peixe, de água doce e salgada, pescado ou cultivado, e nossos frutos do mar.
Brasileiros de todos os níveis sociais poderão comer peixe.
E tem gente (que certamente só gosta de carne de boi e de frango) que vivia falando em extinguir o Ministério...
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