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quinta-feira, 11 de junho de 2009

LILIAN MARIA DE SOUZA BORGES - 2 - LUTO !!!!

O fim de uma batalha pela vida

Jovem não resistiu à luta para conseguir, na rede pública de saúde, transplante de fígado, exames para detectar câncer e radioterapia

POR PÂMELA OLIVEIRA, RIO DE JANEIRO
http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2009/6/o_fim_de_uma_batalha_pela_vida_17401.html

Rio - Símbolo da luta por transplantes no Rio, Lília Borges foi sepultada ontem, aos 24 anos. Submetida em julho a um transplante de fígado devido a um câncer, ela morreu de parada cardíaca com metástase óssea no Hospital do Fundão. O câncer não foi o único adversário: a jovem precisou esperar 8 meses por cintilografia, exame que detecta possíveis novos tumores. E lutou para conseguir radioterapia e medicamentos na rede pública.

Os sonhos de estudar Direito e ter uma filha chamada Júlia morreram com ela. Mas a indignação diante da precariedade do serviço público, não. “A direção do Fundão foi omissa. Houve falha e demora para conseguir a cintilografia. Precisamos recorrer à Justiça para que o exame fosse feito. Sabíamos que o risco de metástase era grande já que o tumor do fígado estava muito grande quando foi feito o transplante, mas com esse exame os tumores poderiam ter sido detectados antes e o tratamento poderia ter lhe dado mais algum tempo de vida” , disse Kátia Gomes, tia de Lília, no cemitério Memorial do Carmo, no Caju.

Kátia conta que a sobrinha, que recebeu o diagnóstico de câncer em 2006, estava feliz em janeiro, quando voltou a trabalhar, mas logo começou a sentir dores na coluna, onde foi descoberto novo tumor.

“Ela foi operada duas vezes, mas o tumor voltou. O que a matou foi parar de andar. Ela me disse que não queria viver sem andar e sem enxergar. Ela desistiu”, disse a tia, acrescentando que Lília já estava com problemas de visão devido ao câncer.

Sérgio Borges, pai de Lília, contou que após a cirurgia da coluna, a filha precisou ficar internada por mais de uma semana no Instituto de Traumato Ortopedia (Into), onde foi feito o procedimento, porque o Fundão, hospital de onde Lília era paciente, não tinha condições de oferecer radioterapia nem de levá-la até o Inca onde foi feito o tratamento. “Domingo, o Fundão não tinha um remédio que ela precisava. O médico me deu a receita e chegou a se oferecer para me dar o dinheiro para comprar”, relata.

Em nota, ontem, o Hospital do Fundão afirmou que o atendimento realizado “esteve de acordo com recursos disponíveis no momento”.

Sofrimento de duas mães

O fígado que recebera há 11 meses do bombeiro Paulo Freitas, morto em acidente, foi o único órgão de Lília não atingido pelo câncer. Ontem, lado a lado, duas mães choravam a ausência de uma filha: Lilian Costa, 73, avó que a criou após a morte da mãe da jovem, e Enedir Freitas, 60, mãe de Paulo, o doador que permitiu que Lília vivesse por quase um ano. “Estou passando pelo sofrimento que vivi há um ano. Valeu a pena ter convivido com ela e sua família”, disse Enedir, inconsolável. “Somos uma família”.
Lilian contou que a moça estava sofrendo: “Mas tinha muita vontade de viver”.

LILIAN MARIA DE SOUZA BORGES - 2 - LUTO !!!!

O fim de uma batalha pela vida

Jovem não resistiu à luta para conseguir, na rede pública de saúde, transplante de fígado, exames para detectar câncer e radioterapia

POR PÂMELA OLIVEIRA, RIO DE JANEIRO
http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2009/6/o_fim_de_uma_batalha_pela_vida_17401.html

Rio - Símbolo da luta por transplantes no Rio, Lília Borges foi sepultada ontem, aos 24 anos. Submetida em julho a um transplante de fígado devido a um câncer, ela morreu de parada cardíaca com metástase óssea no Hospital do Fundão. O câncer não foi o único adversário: a jovem precisou esperar 8 meses por cintilografia, exame que detecta possíveis novos tumores. E lutou para conseguir radioterapia e medicamentos na rede pública.

Os sonhos de estudar Direito e ter uma filha chamada Júlia morreram com ela. Mas a indignação diante da precariedade do serviço público, não. “A direção do Fundão foi omissa. Houve falha e demora para conseguir a cintilografia. Precisamos recorrer à Justiça para que o exame fosse feito. Sabíamos que o risco de metástase era grande já que o tumor do fígado estava muito grande quando foi feito o transplante, mas com esse exame os tumores poderiam ter sido detectados antes e o tratamento poderia ter lhe dado mais algum tempo de vida” , disse Kátia Gomes, tia de Lília, no cemitério Memorial do Carmo, no Caju.

Kátia conta que a sobrinha, que recebeu o diagnóstico de câncer em 2006, estava feliz em janeiro, quando voltou a trabalhar, mas logo começou a sentir dores na coluna, onde foi descoberto novo tumor.

“Ela foi operada duas vezes, mas o tumor voltou. O que a matou foi parar de andar. Ela me disse que não queria viver sem andar e sem enxergar. Ela desistiu”, disse a tia, acrescentando que Lília já estava com problemas de visão devido ao câncer.

Sérgio Borges, pai de Lília, contou que após a cirurgia da coluna, a filha precisou ficar internada por mais de uma semana no Instituto de Traumato Ortopedia (Into), onde foi feito o procedimento, porque o Fundão, hospital de onde Lília era paciente, não tinha condições de oferecer radioterapia nem de levá-la até o Inca onde foi feito o tratamento. “Domingo, o Fundão não tinha um remédio que ela precisava. O médico me deu a receita e chegou a se oferecer para me dar o dinheiro para comprar”, relata.

Em nota, ontem, o Hospital do Fundão afirmou que o atendimento realizado “esteve de acordo com recursos disponíveis no momento”.

Sofrimento de duas mães

O fígado que recebera há 11 meses do bombeiro Paulo Freitas, morto em acidente, foi o único órgão de Lília não atingido pelo câncer. Ontem, lado a lado, duas mães choravam a ausência de uma filha: Lilian Costa, 73, avó que a criou após a morte da mãe da jovem, e Enedir Freitas, 60, mãe de Paulo, o doador que permitiu que Lília vivesse por quase um ano. “Estou passando pelo sofrimento que vivi há um ano. Valeu a pena ter convivido com ela e sua família”, disse Enedir, inconsolável. “Somos uma família”.
Lilian contou que a moça estava sofrendo: “Mas tinha muita vontade de viver”.

LILIAN MARIA DE SOUZA BORGES - 1

A matéria abaixo foi publicada há onze meses e relata a luta de uma guerreira e por descaso das autoridades principalmente do Ministério da Saúde é que hoje temos no Rio de Janeiro um Hospital como o do Fundão que foi construído para dar suporte aos alunos de Medicina da UFRJ como a toda população do Estado e hoje ...
abandonado, caindo, sem estrutura técnica ou humana.
Vergonha senhor Ministro da Saúde, Dr José Gomes Temporão.

____________________________________________________________________________________

Hospital do Fundão está com equipamentos quebrados e não consegue atender doentes

Jornal O Dia
POR PÂMELA OLIVEIRA, RIO DE JANEIRO

Rio - Transplantada de fígado em julho(2008) devido a um câncer, Lilian Maria de Souza Borges, 23 anos, foi obrigada a esperar 8 meses por uma cintilografia no Hospital do Fundão — o exame detecta possíveis novos tumores. Neste período, já passou por mais duas cirurgias: perdeu o útero e precisou tirar tumor da coluna. Terça-feira, ela finalmente conseguiu fazer o exame, mas tem outro drama a enfrentar: necessita de radioterapia, e o Fundão suspendeu o tratamento.

Lilian não é a única prejudicada. O hospital, que passou por grave crise e chegou a suspender os transplantes em maio, deixou agora de realizar mamografias, tomografias e ressonâncias, além de interromper incrições de novos pacientes no ambulatório de cuidados paliativos para portadores de câncer incurável.

“Não posso afirmar que se tivesse feito a cintilografia antes eu não teria tido esses tumores. Mas quem sabe eu os teria descoberto antes? As cirurgias poderiam ter sido mais simples”, diz a jovem, que está internada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, onde operou a coluna. “Duas semanas depois da cirurgia minhas pernas perderam os movimentos. Os médicos estão verificando a causa”, conta.

O diretor do Hospital do Fundão, Alexandre Cardoso, afirma que a unidade está “se recuperando” e que parte dos problemas que culminaram com a crise do ano passado foi solucionada. “As perspectivas são positivas. Vamos recuperar a capacidade instalada”, disse, afirmando que o Fundão, assim como outras unidades universitárias, funciona com recursos insuficientes repassados pelo governo federal.

“Tenho tentado marcar uma mamografia no Fundão, mas não consigo. Disseram que o equipamento está quebrado e sem previsão para voltar a funcionar. Eu sempre fui muito bem atendida aqui. Tenho consulta e estou com medo de não conseguir fazer o exame antes”, conta Célia Gonçalves Freitas, 54 anos. “Há seis meses eu também tento agendar uma ultrassonografia e nunca tem vaga”, afirma.

PROBLEMAS

RESSONÂNCIA
O equipamento tem menos de um ano e não está funcionando devido a defeito numa peça. Deve voltar até o fim da semana.

TOMÓGRAFOS
Há duas máquinas, mas só são usadas para casos mais graves. O sistema de refrigeração do setor está com problemas e, por isso, se os tomógrafos forem usados com capacidade total, ambos quebrarão.

MAMOGRAFIA
O equipamento quebrou e está com o contrato de manutenção atrasado.

RADIOTERAPIA
Está suspensa devido à manutenção de seus equipamentos. Peças importadas devem chegar até meados deste mês. Os pacientes são encaminhados para o Instituto Nacional de Câncer e os hospitais Marcílio Dias e Mário Kröeff.

CUIDADOS PALIATIVOS
O hospital não está cadastrando novos pacientes, pois não tem material.

LILIAN MARIA DE SOUZA BORGES - 1

A matéria abaixo foi publicada há onze meses e relata a luta de uma guerreira e por descaso das autoridades principalmente do Ministério da Saúde é que hoje temos no Rio de Janeiro um Hospital como o do Fundão que foi construído para dar suporte aos alunos de Medicina da UFRJ como a toda população do Estado e hoje ...
abandonado, caindo, sem estrutura técnica ou humana.
Vergonha senhor Ministro da Saúde, Dr José Gomes Temporão.

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Hospital do Fundão está com equipamentos quebrados e não consegue atender doentes

Jornal O Dia
POR PÂMELA OLIVEIRA, RIO DE JANEIRO

Rio - Transplantada de fígado em julho(2008) devido a um câncer, Lilian Maria de Souza Borges, 23 anos, foi obrigada a esperar 8 meses por uma cintilografia no Hospital do Fundão — o exame detecta possíveis novos tumores. Neste período, já passou por mais duas cirurgias: perdeu o útero e precisou tirar tumor da coluna. Terça-feira, ela finalmente conseguiu fazer o exame, mas tem outro drama a enfrentar: necessita de radioterapia, e o Fundão suspendeu o tratamento.

Lilian não é a única prejudicada. O hospital, que passou por grave crise e chegou a suspender os transplantes em maio, deixou agora de realizar mamografias, tomografias e ressonâncias, além de interromper incrições de novos pacientes no ambulatório de cuidados paliativos para portadores de câncer incurável.

“Não posso afirmar que se tivesse feito a cintilografia antes eu não teria tido esses tumores. Mas quem sabe eu os teria descoberto antes? As cirurgias poderiam ter sido mais simples”, diz a jovem, que está internada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, onde operou a coluna. “Duas semanas depois da cirurgia minhas pernas perderam os movimentos. Os médicos estão verificando a causa”, conta.

O diretor do Hospital do Fundão, Alexandre Cardoso, afirma que a unidade está “se recuperando” e que parte dos problemas que culminaram com a crise do ano passado foi solucionada. “As perspectivas são positivas. Vamos recuperar a capacidade instalada”, disse, afirmando que o Fundão, assim como outras unidades universitárias, funciona com recursos insuficientes repassados pelo governo federal.

“Tenho tentado marcar uma mamografia no Fundão, mas não consigo. Disseram que o equipamento está quebrado e sem previsão para voltar a funcionar. Eu sempre fui muito bem atendida aqui. Tenho consulta e estou com medo de não conseguir fazer o exame antes”, conta Célia Gonçalves Freitas, 54 anos. “Há seis meses eu também tento agendar uma ultrassonografia e nunca tem vaga”, afirma.

PROBLEMAS

RESSONÂNCIA
O equipamento tem menos de um ano e não está funcionando devido a defeito numa peça. Deve voltar até o fim da semana.

TOMÓGRAFOS
Há duas máquinas, mas só são usadas para casos mais graves. O sistema de refrigeração do setor está com problemas e, por isso, se os tomógrafos forem usados com capacidade total, ambos quebrarão.

MAMOGRAFIA
O equipamento quebrou e está com o contrato de manutenção atrasado.

RADIOTERAPIA
Está suspensa devido à manutenção de seus equipamentos. Peças importadas devem chegar até meados deste mês. Os pacientes são encaminhados para o Instituto Nacional de Câncer e os hospitais Marcílio Dias e Mário Kröeff.

CUIDADOS PALIATIVOS
O hospital não está cadastrando novos pacientes, pois não tem material.