Com base nos documentos da própria Secretaria municipal de Saúde, os integrantes da CPI do Hospital de Acari já concluíram que R$ 16 milhões dos R$ 37,8 milhões pagos em 2008 à Gestão Participativa em Saúde (GPS), empresa vencedora da licitação para administrar a unidade, foram perdidos. Esta é a diferença entre os serviços pagos - e o serviços realmente executados. Ou seja, 42,56% do dinheiro que saiu dos cofres públicos foram parar no lixo - ou melhor, na caixa da GPS.
A diferença é replicada pelo parágrafo 3º do 1º termo aditivo ao contrato assinado pela prefeitura. Ele garante que a empresa receba pelo serviço previsto e não pelo executado. O hospital só atende a pacientes enviados pela rede pública. Se as outras unidades não emcaminharem os doentes, não há a quem atender. Mas a empresa recebe mesmo assim, pelo que deveria ter feito - e não fez.
O tomógrafo do hospital ficou quebrado de março ao fim de dezembro de 2008. Mesmo assim, como era prevista a realização de 4.336 tomografias (ao custo de R$366,09 cada), a GPS embolsou a bagatela de R$1.587.336,24 - e sem ter feito os exames! Ao todo, estavam previstoa 805 mil exames de laboratório em 2008, mas 413 mil não foram realizados - e por estes, a prefeitura pagou R$7,9 milhões. Outros R$6,1 milhões foram jogados fora da internação, mais R$1,1 milhão em consultas ambulatoriais, e por aí foi...
Fonte: Jornal EXTRA - Coluna de Berenice Seara
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