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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Gabeira acerta com PSDB candidatura no Rio

RIO - Fenômeno nas eleições municipais no ano passado, neste momento a opção do deputado federal Fernando Gabeira (PV) é sair como candidato a governador do Estado do Rio em 2010 apoiado pelo PSDB. Na semana passada, Gabeira conversou com o governador de São Paulo, José Serra, e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, dois entusiastas da candidatura do deputado ao governo do Estado do Rio no ano que vem.

Nas eleições de 2008, aliado ao PSDB, PPS e DEM, Gabeira perdeu por apenas 55,7 mil votos do atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB). Na época, recebeu forte apoio financeiro dos tucanos, que tinha como representante na chapa o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha. O PSDB deu R$ 1 milhão à campanha de Gabeira a prefeito.

" Eles querem que a gente saia com candidatura ao governo " , disse. A opção pelo Senado foi deixada para trás, diz. " A situação lá está muito complicada. Precisaria entrar para mudar e teria que ter pelo menos dez senadores " , afirmou, sem esperanças de renovação na Casa em 2010.

Um dos desafios de sua candidatura será conjugar no primeiro turno a eventual candidatura da senadora Marina Silva pelo PV com a candidatura tucana à Presidência. " Não sei como será, mas gostaria de contar com o apoio do PSDB " , disse o deputado do PV ao Valor. Uma das possibilidades é Gabeira subir no palanque dos dois candidatos presidenciais. Para Serra, Gabeira seria o palanque ideal no Estado para fazer frente ao apoio que Cabral (PMDB), pré-candidato à reeleição, dará à virtual candidata do PT, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. " Essa é a opção, ter dois palanques " , diz o vereador Alfredo Sirkis (PV-RJ). Hoje Gabeira se reúne com Marina para tratar do assunto.

A pré-candidatura Gabeira deve complicar o quadro eleitoral para o governador Sérgio Cabral. Em pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS) realizada entre 23 e 27 de julho com 2 mil eleitores no Estado, Cabral apareceu com 28% das intenções de voto, seguido por Gabeira, com 21%. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) obteve 17%, enquanto o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), tinha 9%. Cabral luta para ter menos concorrentes e tenta tirar da disputa Lindberg Farias, do PT.

Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio tem tentado convencer Dilma a tirar Lindberg da corrida ao governo estadual. Uma das alternativas para Lindberg seria concorrer ao Senado .

No PV do Rio, existem ainda diferenças com o DEM, especialmente com o ex-prefeito da capital, Cesar Maia, que tem declarado apoio a Gabeira. A avaliação de políticos do PV é de que a eventual aliança com o ex-prefeito, que deve concorrer ao Senado, vai contra o discurso de renovação de Gabeira. Em 2008, Maia fechou com Gabeira no segundo turno, após a derrota da deputada federal Solange Amaral (DEM).

(Ana Paula Grabois | Valor Econômico)

Gabeira acerta com PSDB candidatura no Rio

RIO - Fenômeno nas eleições municipais no ano passado, neste momento a opção do deputado federal Fernando Gabeira (PV) é sair como candidato a governador do Estado do Rio em 2010 apoiado pelo PSDB. Na semana passada, Gabeira conversou com o governador de São Paulo, José Serra, e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, dois entusiastas da candidatura do deputado ao governo do Estado do Rio no ano que vem.

Nas eleições de 2008, aliado ao PSDB, PPS e DEM, Gabeira perdeu por apenas 55,7 mil votos do atual prefeito, Eduardo Paes (PMDB). Na época, recebeu forte apoio financeiro dos tucanos, que tinha como representante na chapa o deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha. O PSDB deu R$ 1 milhão à campanha de Gabeira a prefeito.

" Eles querem que a gente saia com candidatura ao governo " , disse. A opção pelo Senado foi deixada para trás, diz. " A situação lá está muito complicada. Precisaria entrar para mudar e teria que ter pelo menos dez senadores " , afirmou, sem esperanças de renovação na Casa em 2010.

Um dos desafios de sua candidatura será conjugar no primeiro turno a eventual candidatura da senadora Marina Silva pelo PV com a candidatura tucana à Presidência. " Não sei como será, mas gostaria de contar com o apoio do PSDB " , disse o deputado do PV ao Valor. Uma das possibilidades é Gabeira subir no palanque dos dois candidatos presidenciais. Para Serra, Gabeira seria o palanque ideal no Estado para fazer frente ao apoio que Cabral (PMDB), pré-candidato à reeleição, dará à virtual candidata do PT, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. " Essa é a opção, ter dois palanques " , diz o vereador Alfredo Sirkis (PV-RJ). Hoje Gabeira se reúne com Marina para tratar do assunto.

A pré-candidatura Gabeira deve complicar o quadro eleitoral para o governador Sérgio Cabral. Em pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS) realizada entre 23 e 27 de julho com 2 mil eleitores no Estado, Cabral apareceu com 28% das intenções de voto, seguido por Gabeira, com 21%. O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) obteve 17%, enquanto o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), tinha 9%. Cabral luta para ter menos concorrentes e tenta tirar da disputa Lindberg Farias, do PT.

Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador do Rio tem tentado convencer Dilma a tirar Lindberg da corrida ao governo estadual. Uma das alternativas para Lindberg seria concorrer ao Senado .

No PV do Rio, existem ainda diferenças com o DEM, especialmente com o ex-prefeito da capital, Cesar Maia, que tem declarado apoio a Gabeira. A avaliação de políticos do PV é de que a eventual aliança com o ex-prefeito, que deve concorrer ao Senado, vai contra o discurso de renovação de Gabeira. Em 2008, Maia fechou com Gabeira no segundo turno, após a derrota da deputada federal Solange Amaral (DEM).

(Ana Paula Grabois | Valor Econômico)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pesquisa para o Senado realizada pelo GPP/PV, publicada hoje sexta-feira(10/07) no ex-blog do ex-Prefeito César Maia do DEM.

Pesquisa para o Senado realizada pelo GPP/PV, publicada hoje sexta-feira(10/07) no ex-blog do ex-Prefeito César Maia do DEM.


PESQUISA GPP-PV (20-21/06), ESTADO DO RIO, PARA SENADOR!

Para Senador se vota duas vezes, pois são duas vagas. Por isso a soma é maior que 100%.

1. Total: Crivella 39%. Gabeira 37%. Cesar Maia 35%. Lindbergh 18%. Picciani 8%.
2. Homens: Gabeira 41%. Crivella 39%. Cesar Maia 33%. Lindbergh 20%. Picciani 9%

3. Mulheres: Crivella 39%. César Maia 36%. Gabeira 33%. Lindberg16%. Picciani 6%.

4. Até 1º Grau Incompleto: Crivella 51%. César Maia 44%. Gabeira 24%. Lindberg 15%. Picciani 4%.

5.1º Grau Completo a 2º G. Incompleto: Crivella 45%. César Maia 37%. Gabeira 30%. Lindberg 18%. Picciani 9%

6. 2º Grau Completo a Nível Superior: Gabeira 48%. Céar Maia 28%. Crivella 25%. Lindberg 20%. Picciani 8%.

7. Renda até 2 SM: Crivella 48%. César Maia 36%. Gabeira 28%. Lindberg 16%. Picciani. 7%

8. De 2 SM a 5 SM: Gabeira 37%. César Maia 37%. Crivella. 35%. Lindberg 21%. Picciani. 9%.

9. De 5 SM a mais de 10 SM: Gabeira 58%. César Maia 28%. Crivella 21%. Lindberg 20%. Picciani 7%.

Pesquisa para o Senado realizada pelo GPP/PV, publicada hoje sexta-feira(10/07) no ex-blog do ex-Prefeito César Maia do DEM.

Pesquisa para o Senado realizada pelo GPP/PV, publicada hoje sexta-feira(10/07) no ex-blog do ex-Prefeito César Maia do DEM.


PESQUISA GPP-PV (20-21/06), ESTADO DO RIO, PARA SENADOR!

Para Senador se vota duas vezes, pois são duas vagas. Por isso a soma é maior que 100%.

1. Total: Crivella 39%. Gabeira 37%. Cesar Maia 35%. Lindbergh 18%. Picciani 8%.
2. Homens: Gabeira 41%. Crivella 39%. Cesar Maia 33%. Lindbergh 20%. Picciani 9%

3. Mulheres: Crivella 39%. César Maia 36%. Gabeira 33%. Lindberg16%. Picciani 6%.

4. Até 1º Grau Incompleto: Crivella 51%. César Maia 44%. Gabeira 24%. Lindberg 15%. Picciani 4%.

5.1º Grau Completo a 2º G. Incompleto: Crivella 45%. César Maia 37%. Gabeira 30%. Lindberg 18%. Picciani 9%

6. 2º Grau Completo a Nível Superior: Gabeira 48%. Céar Maia 28%. Crivella 25%. Lindberg 20%. Picciani 8%.

7. Renda até 2 SM: Crivella 48%. César Maia 36%. Gabeira 28%. Lindberg 16%. Picciani. 7%

8. De 2 SM a 5 SM: Gabeira 37%. César Maia 37%. Crivella. 35%. Lindberg 21%. Picciani. 9%.

9. De 5 SM a mais de 10 SM: Gabeira 58%. César Maia 28%. Crivella 21%. Lindberg 20%. Picciani 7%.

terça-feira, 16 de junho de 2009

16 de junho de 2009 | N° 16002AlertaVoltar para a edição de hoje CÂMARA Lei Eleitoral permitirá blogs, Twitter e YouTube.

16 de junho de 2009
CÂMARA
Lei Eleitoral permitirá blogs, Twitter e YouTube
Diferentemente da campanha de 2008, a disputa do ano que vem será marcada por uso livre de recursos da internet.

Inspirados pela campanha do presidente americano Barack Obama, que no ano passado explorou ao máximo recursos oferecidos pela internet, deputados e senadores devem incluir na Lei Eleitoral que regulamentará o pleito do ano que vem a possibilidade de uso de blogs, Twitter, YouTube e Orkut.

Nas eleições municipais do ano passado, uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) limitou a campanha apenas ao site oficial do candidato – que deveria ser retirado do ar após as eleições.

O debate da Lei Eleitoral será retomado hoje pelos líderes partidários na Câmara. Segundo o deputado Flávio Dino (PC do B-MA), que coordena os trabalhos sobre o tema, a ideia é que seja colocado primeiro em votação o uso da rede mundial de computadores nas campanhas. Em outro momento seriam discutidas questões polêmicas como fidelidade partidária e financiamento de campanha. A proposta deve regular o uso de e-mails e redes sociais na internet pelos candidatos, além de determinar as regras para doações por meio eletrônico.

Uma das medidas em análise é o uso livre de cartão de crédito para ampliar a participação dos cidadãos no financiamento de campanha e diminuir a dependência de empresas, além de combater o caixa 2. Atualmente, não é possível fazer doações a candidatos ou partidos por meio de cartão.

Em relação ao funcionamento interno dos partidos e ao financiamento de campanhas, podem ser incluídas no projeto novas regras para as prévias partidárias e para incrementar o Fundo Partidário, que reúne recursos para todas as legendas de acordo com o tamanho de cada sigla.

O objetivo dos deputados é evitar que o TSE tenha de editar resoluções para normatizar a disputa, legislando no lugar dos parlamentares, a exemplo do que ocorreu nas eleições de 2006.

16 de junho de 2009 | N° 16002AlertaVoltar para a edição de hoje CÂMARA Lei Eleitoral permitirá blogs, Twitter e YouTube.

16 de junho de 2009
CÂMARA
Lei Eleitoral permitirá blogs, Twitter e YouTube
Diferentemente da campanha de 2008, a disputa do ano que vem será marcada por uso livre de recursos da internet.

Inspirados pela campanha do presidente americano Barack Obama, que no ano passado explorou ao máximo recursos oferecidos pela internet, deputados e senadores devem incluir na Lei Eleitoral que regulamentará o pleito do ano que vem a possibilidade de uso de blogs, Twitter, YouTube e Orkut.

Nas eleições municipais do ano passado, uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) limitou a campanha apenas ao site oficial do candidato – que deveria ser retirado do ar após as eleições.

O debate da Lei Eleitoral será retomado hoje pelos líderes partidários na Câmara. Segundo o deputado Flávio Dino (PC do B-MA), que coordena os trabalhos sobre o tema, a ideia é que seja colocado primeiro em votação o uso da rede mundial de computadores nas campanhas. Em outro momento seriam discutidas questões polêmicas como fidelidade partidária e financiamento de campanha. A proposta deve regular o uso de e-mails e redes sociais na internet pelos candidatos, além de determinar as regras para doações por meio eletrônico.

Uma das medidas em análise é o uso livre de cartão de crédito para ampliar a participação dos cidadãos no financiamento de campanha e diminuir a dependência de empresas, além de combater o caixa 2. Atualmente, não é possível fazer doações a candidatos ou partidos por meio de cartão.

Em relação ao funcionamento interno dos partidos e ao financiamento de campanhas, podem ser incluídas no projeto novas regras para as prévias partidárias e para incrementar o Fundo Partidário, que reúne recursos para todas as legendas de acordo com o tamanho de cada sigla.

O objetivo dos deputados é evitar que o TSE tenha de editar resoluções para normatizar a disputa, legislando no lugar dos parlamentares, a exemplo do que ocorreu nas eleições de 2006.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Aprovada exigência de idoneidade de candidato a cargo eletivo


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (3), proposta que condiciona o registro de candidatura a cargo eletivo à comprovação de idoneidade moral e reputação ilibada. De autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), o PLS 688/07 recebeu decisão terminativa, o que garante a possibilidade de que vá de imediato para exame na Câmara dos Deputados se não houver recurso para que passe também pelo crivo do Plenário.

A matéria foi apreciada em dia de votações rápidas, depois de longa audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, para instruir projeto que trata da repressão ao crime organizado. Ao fim da reunião, o relator, senador Demosténes Torres (DEM-GO), que também preside a CCJ, observou que o texto submete os candidatos a postos eletivos às mesmas exigências feitas aos cidadãos que prestam concurso para cargos públicos.

- Quem quiser ser candidato, terá que ter moral e reputação ilibada - observou.

Indagado sobre as razões de o projeto ter passado com facilidade, sem manifestações contrárias, ele disse que "os senadores nem se aperceberam" da aprovação. Situação muito diferente, como lembrou, do que ocorreu com a votação, no ano passado, na mesma comissão, de projeto que também altera a chamada Lei de Inegibilidades - a Lei Complementar 64/90. O texto, ainda sem votação em Plenário, impede o registro de candidatos condenados, em qualquer instância, pela prática de crimes hediondos (como tortura e racismo) ou dolosos, contra a administração pública ou o sistema financeiro, bem como por improbidade administrativa.

- O projeto aprovado agora é ainda pior [mais rígido], pois não precisa nem haver condenação. É o juiz eleitoral que vai decidir se o candidato atende aos requisitos de idoneidade na hora de conceder o registro - observou Demosténes, autor de parecer pela aprovação da matéria.

Abusos de recursos

Na justificação do projeto, Simon afirma que a Lei das Inelegibilidades limitou-se a declarar inelegíveis os condenados definitivamente por determinados crimes, sem prever filtros para impedir aqueles sem idoneidade moral e reputação ilibada. Assim, avalia, a lei viabiliza a candidatura de pessoas que, por meio de recursos legais, procuram adiar indefinidamente o julgamento das ações judiciais que possam levar a eventuais condenações criminais. Para o senador, isso estimula o "aumento da corrupção e da irresponsabilidade nos Poderes Legislativo e Executivo."
Caso seu projeto seja convertido em lei, acredita Simon, o cidadão ganhará a oportunidade de escolher candidatos entre aqueles com conduta moral compatível com as responsabilidades do cargo disputado. O senador lembra que significativa parcela da população, além de carente de direitos constitucionais fundamentais, não dispõe de meios de acesso às informações relativas à vida passada dos candidatos.

Gorette Brandão e Rita Nardelli / Agência Senado

Aprovada exigência de idoneidade de candidato a cargo eletivo


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (3), proposta que condiciona o registro de candidatura a cargo eletivo à comprovação de idoneidade moral e reputação ilibada. De autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), o PLS 688/07 recebeu decisão terminativa, o que garante a possibilidade de que vá de imediato para exame na Câmara dos Deputados se não houver recurso para que passe também pelo crivo do Plenário.

A matéria foi apreciada em dia de votações rápidas, depois de longa audiência com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o procurador geral da República, Antonio Fernando de Souza, para instruir projeto que trata da repressão ao crime organizado. Ao fim da reunião, o relator, senador Demosténes Torres (DEM-GO), que também preside a CCJ, observou que o texto submete os candidatos a postos eletivos às mesmas exigências feitas aos cidadãos que prestam concurso para cargos públicos.

- Quem quiser ser candidato, terá que ter moral e reputação ilibada - observou.

Indagado sobre as razões de o projeto ter passado com facilidade, sem manifestações contrárias, ele disse que "os senadores nem se aperceberam" da aprovação. Situação muito diferente, como lembrou, do que ocorreu com a votação, no ano passado, na mesma comissão, de projeto que também altera a chamada Lei de Inegibilidades - a Lei Complementar 64/90. O texto, ainda sem votação em Plenário, impede o registro de candidatos condenados, em qualquer instância, pela prática de crimes hediondos (como tortura e racismo) ou dolosos, contra a administração pública ou o sistema financeiro, bem como por improbidade administrativa.

- O projeto aprovado agora é ainda pior [mais rígido], pois não precisa nem haver condenação. É o juiz eleitoral que vai decidir se o candidato atende aos requisitos de idoneidade na hora de conceder o registro - observou Demosténes, autor de parecer pela aprovação da matéria.

Abusos de recursos

Na justificação do projeto, Simon afirma que a Lei das Inelegibilidades limitou-se a declarar inelegíveis os condenados definitivamente por determinados crimes, sem prever filtros para impedir aqueles sem idoneidade moral e reputação ilibada. Assim, avalia, a lei viabiliza a candidatura de pessoas que, por meio de recursos legais, procuram adiar indefinidamente o julgamento das ações judiciais que possam levar a eventuais condenações criminais. Para o senador, isso estimula o "aumento da corrupção e da irresponsabilidade nos Poderes Legislativo e Executivo."
Caso seu projeto seja convertido em lei, acredita Simon, o cidadão ganhará a oportunidade de escolher candidatos entre aqueles com conduta moral compatível com as responsabilidades do cargo disputado. O senador lembra que significativa parcela da população, além de carente de direitos constitucionais fundamentais, não dispõe de meios de acesso às informações relativas à vida passada dos candidatos.

Gorette Brandão e Rita Nardelli / Agência Senado